PORTAL DA DANÇA ESPÍRITA
Dançando à luz do Espiritismo
26 agosto 2013
20 fevereiro 2013
A Arte e a Lei de Igualdade
Quais são as influências da Lei de Igualdade na arte e vice-versa?
A igualdade é um princípio da Justiça Divina1! Mas enganam-se aqueles que acreditam que todos os seres devem ser iguais. Tal afirmação seria considerar que não existe livre-arbítrio, Lei de Causa e Efeito, méritos, entre tantos outros aspectos da Lei Universal2.
O destino do espírito é a evolução3. A igualdade da Lei Divina consiste no aspecto de que todos podem evoluir. Deus criou todos nós em tempos diferentes, pois até hoje Ele está a criar mais e mais. É evidente não ser possível que todos sejam iguais, dessa forma, todos terão os mesmos direitos, respeitando o contexto evolutivo de cada um.
O que a Lei de Igualdade pode influenciar na arte? Há muitos fatores. Primeiramente no aspecto de justiça e oportunidade. A arte é um movimento livre, uma força criadora que Deus ofereceu aos espíritos4 quando de sua individualidade. A igualdade está no direito do espírito buscar desenvolver-se através, por exemplo, da arte.
Quando se toma tal caminho, a Lei de Igualdade está presente nas oportunidades de aprendizado e também no fator de que qualquer arte surge com o mesmo princípio criador: o desejo de expressar-se! Da forma que for, esse desejo primário é igual para todos. Entretanto, é preciso que se esclareça algo importantíssimo a fim de evitar transtornos e confusões. A arte não influencia a Lei de Igualdade, pois esta é uma Lei Divina, portanto, perfeita! Entretanto a Lei citada influencia fortemente a arte!
É compreensível a confusão, mas expliquemos. O que a arte pode influenciar é o entendimento da igualdade para os povos em evolução! Como isso pode ser feito?
Através do entendimento de que qualquer arte necessita compartilhar conhecimentos, técnicas, conquistas com aqueles que estão à volta5 ou que virão depois, o conhecimento que não é compartilhado fica perdido6! Lembremos, a Lei de Igualdade reforça que a oportunidade deve ser dada a todos! Sem exceção!
Assim, é fato que a arte no mecanismo de criação, desenvolvimento, necessite em seu “corpo” de uma disciplina que ensine a grandeza de compartilhar com justiça para todos os envolvidos, cada etapa de sua criação. Ou seja, não há música bela se não houver composição, depois esforço por executá-la, a execução e divulgação da mensagem. Cada etapa é importante e cada um que participou direta ou indiretamente é essencial para a obra e participa do processo criativo.
Numa peça ou numa apresentação de dança os atores e dançarinos são muito importantes, mas não mais que o enredo, cenário, texto teatral, direção, contra regras, maquiadores, figurinistas, iluminador, coreógrafo entre outros! Todos têm o mesmo direito de receber os apupos e agraciamentos populares.
Já um pintor ou escultor necessita de inspiração que pode ser através da obra de outro artista ou, é o que mais acontece, das companhias espirituais7, sejam elas boas ou ruins. Um arquiteto, um designer, um desenhista, e todos os demais artistas do mundo não estão sós e necessitam compreender que o conhecimento é sempre partilhado. Essa partilha provém da melhor compreensão desta Lei de Igualdade ainda tão pouco compreendida pela humanidade terrena, mas que um dia conseguirá empreender conquistas favoráveis neste sentido!
Jesair e amiGOS – 14.12.12, psicografado por Jerônimo Marques.
1 – “[...] Todos tendem ao mesmo fim e Deus fez suas Leis para todos. [...]. Todos os homens serão submetidos às mesmas Leis da Natureza. Todos nascem com a mesma fraqueza, estão sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Portanto, Deus não deu, a nenhum homem, superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte. Diante Dele, todos são iguais.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. Araras: Ide, 2009)
2 – “Deus criou todos os Espíritos iguais, mas cada um deles tem maior ou menor vivência e, por conseguinte, maior ou menor experiência. A diferença está no grau da sua experiência e da sua vontade, que é o livre-arbítrio: daí, uns se aperfeiçoam mais rapidamente e isso lhes dá aptidões diversas. A variedade das aptidões é necessária, a fim de que cada um possa concorrer aos objetivos da Providência no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais: o que um não faz, o outro faz. É assim que cada um tem um papel útil. Depois, todos os mundos sendo solidários uns com os outros [...].” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. Araras: Ide, 2009)
3 – “A evolução é uma Lei à qual não se pode fugir. É a marcha para o progresso a que cada um é compelido a realizar em si mesmo, através do esforço, do trabalho, da perseverança e do otimismo, no combate às imperfeições, em busca das virtudes, com o concurso das vidas sucessivas. A evolução espiritual é contínua, não regride nunca, mas pode ser retardada em seu processamento se não se aproveitar bem a oportunidade que Deus concede ao Espírito reencarnante.” (_____. Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998)
4 – “Lembramos aqui que todo espírito emanado de Deus não possui somente uma centelha da inteligência divina, ele desfruta ainda de uma parcela do poder criador, poder que ele é chamado a manifestar mais e mais no decorrer da sua evolução, tanto nas encarnações planetárias quanto na vida do espaço.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1 ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
5 – “Nenhum homem tem as faculdades completas. Pela união social, eles se completam uns pelos outros para assegurar seu bem-estar e progredir. Por isso, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. Araras: Ide, 2009)
6 – “[...]. Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. Mas, se ele prefere permanecer nas trevas do próprio egoísmo, permitindo livre curso aos instintos inferiores, negando-se a reagir contra as próprias tendências más, será envolvido pelas trevas, pois se homiziou com elas[...].” (PEREIRA, Yvonne A. Devassando o Invisível. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)
7 – “Temos de convir que todas as expressões de Arte na Terra representam traços de espiritualidade, muitas vezes estranhos à vida do planeta. Através dessa realidade, podereis reconhecer que a arte, em qualquer de suas formas puras, constitui objeto de atenção carinhosa dos invisíveis, com possibilidades outras que o artista do mundo está muito longe de imaginar.” (EMMANUEL. O Consolador. 28. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)
E-mail: pedintedeamor@gmail.com
08 fevereiro 2013
Aconteceu...
Um
pouco sobre a história I Mostra Espírita de Dança do Rio de Janeiro
Os
planejamentos para a realização da Mostra tiveram início num bate-papo informal
na II Mostra ABRARTE Sudeste, que aconteceu no Rio de Janeiro em abril de 2011.
Lá, reunidos na arquibancada da quadra da escola, alguns participantes de
grupos espíritas de dança e simpatizantes iniciaram o esboço em Terra do que
seria a I Mostra Espírita de Dança no Rio.
A
partir daí, e de forma muito mais intensa no início de 2012, iniciaram-se os
preparativos. O primeiro desafio: conseguir um espaço que comportasse a Noite
Artística, e ao mesmo tempo pudesse receber os participantes para o dia. Conseguido
o local, pendências outras como definição de data, contato com os grupos (e
descoberta de outros que sequer conhecíamos), elaboração do cartaz
(agradecimento especial ao GEAMA por isso), inscrições, divulgação (com muita
ajuda da Mocidade Leopoldo Machado e da Casa de Cultura de Mesquita), dentre
outras, foram resolvidas com o tempo, e com a ajuda de inúmeros colaboradores.


À
tarde, dois momentos de oficinas preparadas pelo pessoal da Oficina de Estudos
da Arte Espírita. Foram ofertadas as oficinas de Jazz, Dança de Salão e Musicalização
para bailarinos. Foram momentos de muita alegria e confraternização, ainda que
em espaços reduzidos ou no próprio pátio da casa espírita... Os participantes
amaram!
No
final da tarde, corre-corre para a marcação de palco, ajuste dos últimos
detalhes, lanche, arrumação dos bailarinos. Enquanto isso, os participantes que
não se apresentariam à noite estiveram presentes na oficina de Dança Circular
ofertada pelo pessoal do Grupo Elos do Infinito, de Araruama, região dos Lagos.
Para
a Noite Artística, além dos participantes do dia, recebemos uma platéia de
cerca de 100 pessoas. Muitos que nunca haviam tido contato com a dança aliada à
Codificação (assim como grande parte dos que estiveram presentes durante o dia)...
Foi uma noite linda e surpreendente, com propostas muito diferentes que se complementavam,
mostrando as variadas formas de expressão do Espírito, de utilização da dança
como ferramenta de crescimento.
Apresentando
um total de 15 trabalhos, além de um vídeo de abertura contextualizando a
Mostra no movimento brasileiro de dança espírita (ou espírita de dança), a
Noite Artística contou com nove grupos, que torciam uns pelos outros em clima
de pura fraternidade:
-
Asas da Alma (Nilópolis - RJ)
-
Carpe Diem, da Casa de Cultura Espírita de Mesquita (Mesquita - RJ)
-
Crisálida (Ilha do Governador/ Rio de Janeiro - RJ)
-
Elos do Infinito (Araruama - RJ)
- GEAMA
(Recreio dos Bandeirantes/ Rio de Janeiro - RJ)
-
Grupo de Arte Espírita Cotidianus (Campos dos Goytacazes - RJ) – Este com
música ao vivo da animada banda do Grupo Cotidianus, que nos brindou,
inesperadamente, com a ambientação na chegada da platéia da noite. Foi lindo!
-
Grupo Q Atua (Campo Grande/ Rio de Janeiro - RJ)
-
Mocidade Leopoldo Machado (Nilópolis - RJ)
- Oficina
de Estudos da Arte Espírita (Méier/ Rio de Janeiro - RJ)
Ao
final, após um vídeo feito pela organização do evento com imagens das
atividades do dia, todos os participantes foram convidados para uma grande
dança circular. Os quase 200 presentes formaram três rodas que se misturavam, e
entoaram e dançaram juntos um hino à Mãe-Terra, como lembrança às nossas
origens... Terminamos agradecendo a Deus pela maravilhosa oportunidade, certos
de que esta foi apenas a primeira de muitas.
Agradecemos
a todos que contribuíram para a realização desta primeira Mostra, seja nas
atividades do dia, seja com materiais, doações, mão-de-obra, apoio moral ou com
a apresentação de seus lindos trabalhos. Mais ainda, pelos sorrisos trocados ao
longo do dia, e simplesmente pela possibilidade e alegria de estarmos juntos
por um mesmo ideal. Essa experiência já nos
deixa saudades, e ao mesmo tempo enche de entusiasmo para 2013...
Nos
vemos na II Mostra Espírita de Dança do Rio de Janeiro!
Comissão Organizadora
da I Mostra Espírita de Dança do Rio de Janeiro
21 novembro 2012
23 agosto 2012
28 maio 2012
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