20 fevereiro 2013

A Arte e a Lei de Igualdade



Quais são as influências da Lei de Igualdade na arte e vice-versa?

A igualdade é um princípio da Justiça Divina1! Mas enganam-se aqueles que acreditam que todos os seres devem ser iguais. Tal afirmação seria considerar que não existe livre-arbítrio, Lei de Causa e Efeito, méritos, entre tantos outros aspectos da Lei Universal2.
O destino do espírito é a evolução3. A igualdade da Lei Divina consiste no aspecto de que todos podem evoluir. Deus criou todos nós em tempos diferentes, pois até hoje Ele está a criar mais e mais. É evidente não ser possível que todos sejam iguais, dessa forma, todos terão os mesmos direitos, respeitando o contexto evolutivo de cada um.
O que a Lei de Igualdade pode influenciar na arte? Há muitos fatores. Primeiramente no aspecto de justiça e oportunidade. A arte é um movimento livre, uma força criadora que Deus ofereceu aos espíritos4 quando de sua individualidade. A igualdade está no direito do espírito buscar desenvolver-se através, por exemplo, da arte.
Quando se toma tal caminho, a Lei de Igualdade está presente nas oportunidades de aprendizado e também no fator de que qualquer arte surge com o mesmo princípio criador: o desejo de expressar-se! Da forma que for, esse desejo primário é igual para todos. Entretanto, é preciso que se esclareça algo importantíssimo a fim de evitar transtornos e confusões. A arte não influencia a Lei de Igualdade, pois esta é uma Lei Divina, portanto, perfeita! Entretanto a Lei citada influencia fortemente a arte!
É compreensível a confusão, mas expliquemos. O que a arte pode influenciar é o entendimento da igualdade para os povos em evolução! Como isso pode ser feito?
Através do entendimento de que qualquer arte necessita compartilhar conhecimentos, técnicas, conquistas com aqueles que estão à volta5 ou que virão depois, o conhecimento que não é compartilhado fica perdido6! Lembremos, a Lei de Igualdade reforça que a oportunidade deve ser dada a todos! Sem exceção!
Assim, é fato que a arte no mecanismo de criação, desenvolvimento, necessite em seu “corpo” de uma disciplina que ensine a grandeza de compartilhar com justiça para todos os envolvidos, cada etapa de sua criação. Ou seja, não há música bela se não houver composição, depois esforço por executá-la, a execução e divulgação da mensagem. Cada etapa é importante e cada um que participou direta ou indiretamente é essencial para a obra e participa do processo criativo.
Numa peça ou numa apresentação de dança os atores e dançarinos são muito importantes, mas não mais que o enredo, cenário, texto teatral, direção, contra regras, maquiadores, figurinistas, iluminador, coreógrafo entre outros! Todos têm o mesmo direito de receber os apupos e agraciamentos populares.
Já um pintor ou escultor necessita de inspiração que pode ser através da obra de outro artista ou, é o que mais acontece, das companhias espirituais7, sejam elas boas ou ruins. Um arquiteto, um designer, um desenhista, e todos os demais artistas do mundo não estão sós e necessitam compreender que o conhecimento é sempre partilhado. Essa partilha provém da melhor compreensão desta Lei de Igualdade ainda tão pouco compreendida pela humanidade terrena, mas que um dia conseguirá empreender conquistas favoráveis neste sentido!
Jesair e amiGOS – 14.12.12, psicografado por Jerônimo Marques.

1 – “[...] Todos tendem ao mesmo fim e Deus fez suas Leis para todos. [...]. Todos os homens serão submetidos às mesmas Leis da Natureza. Todos nascem com a mesma fraqueza, estão sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Portanto, Deus não deu, a nenhum homem, superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte. Diante Dele, todos são iguais.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. Araras: Ide, 2009)

2 – “Deus criou todos os Espíritos iguais, mas cada um deles tem maior ou menor vivência e, por conseguinte, maior ou menor experiência. A diferença está no grau da sua experiência e da sua vontade, que é o livre-arbítrio: daí, uns se aperfeiçoam mais rapidamente e isso lhes dá aptidões diversas. A variedade das aptidões é necessária, a fim de que cada um possa concorrer aos objetivos da Providência no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais: o que um não faz, o outro faz. É assim que cada um tem um papel útil. Depois, todos os mundos sendo solidários uns com os outros [...].” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. Araras: Ide, 2009)

3 – “A evolução é uma Lei à qual não se pode fugir. É a marcha para o progresso a que cada um é compelido a realizar em si mesmo, através do esforço, do trabalho, da perseverança e do otimismo, no combate às imperfeições, em busca das virtudes, com o concurso das vidas sucessivas. A evolução espiritual é contínua, não regride nunca, mas pode ser retardada em seu processamento se não se aproveitar bem a oportunidade que Deus concede ao Espírito reencarnante.” (_____. Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998)

4 – “Lembramos aqui que todo espírito emanado de Deus não possui somente uma centelha da inteligência divina, ele desfruta ainda de uma parcela do poder criador, poder que ele é chamado a manifestar mais e mais no decorrer da sua evolução, tanto nas encarnações planetárias quanto na vida do espaço.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1 ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)

5 – “Nenhum homem tem as faculdades completas. Pela união social, eles se completam uns pelos outros para assegurar seu bem-estar e progredir. Por isso, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. Araras: Ide, 2009)

6 – “[...]. Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. Mas, se ele prefere permanecer nas trevas do próprio egoísmo, permitindo livre curso aos instintos inferiores, negando-se a reagir contra as próprias tendências más, será envolvido pelas trevas, pois se homiziou com elas[...].” (PEREIRA, Yvonne A. Devassando o Invisível. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)

7 – “Temos de convir que todas as expressões de Arte na Terra representam traços de espiritualidade, muitas vezes estranhos à vida do planeta. Através dessa realidade, podereis reconhecer que a arte, em qualquer de suas formas puras, constitui objeto de atenção carinhosa dos invisíveis, com possibilidades outras que o artista do mundo está muito longe de imaginar.” (EMMANUEL. O Consolador. 28. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)
 
 

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