08 outubro 2010

Arte e Espiritismo



(...) As Artes não sairão de seu torpor senão por uma reação para as idéias espiritualistas. (...).

(...) É matematicamente exato dizer que, sem crença, as artes não têm, vitalidade possível, e que toda
transformação filosófica conduz necessariamente, a uma transformação artística paralela. (...). 

(...) Como a arte cristã sucedeu a pagã, transformando-a, a arte espírita será o complemento da transformação da arte
cristã”. (...).

 (...) Sim, certamente, o Espiritismo abre à arte um campo novo, imenso e ainda inexplorado; e
quando o artista reproduzir o mundo espírita com convicção, haurirá nessa fonte as mais sublimes
inspirações, e o seu nome viverá nos séculos futuros, porque às preocupações materiais e efêmeras da vida
presente, substituíra o estudo da vida futura e eterna da alma. (...)
Allan Kardec / Obras Póstumas, “Sobre as Artes em Geral; sua Regeneração pelo
Espiritismo”.


(...) Logo também vereis as artes nele haurir como uma mina fecunda, e traduzir seus pensamentos e
os horizontes que descobrem pela pintura, pela música, pela poesia e pela literatura. Foi-vos dito que
haveria um dia uma arte espírita, como houve a arte pagã e a arte cristã, e é uma grande verdade, porque os
maiores gênios nele se inspirarão. Logo vereis os seus primeiros esboços, e mais tarde tomará o lugar que
deve ter. (...).
Allan Kardec / Obras Póstumas, Regeneração da Humanidade, 30º parágrafo.

(...) A Arte é uma das formas da beleza, e, como o pensamento, ela deve ser seu veículo, pois a
beleza encerra em si mesma os princípios da bondade, da grandeza e da justiça. (...).
O Esteta / O Espiritismo na Arte.

“Nos postulados Espíritas encontraremos a essência das leis naturais e os ensinamentos vivenciados
por Jesus, deixados para a humanidade. Nos cabe agora, perceber a diferença entre o belo e o vulgar, o
mundano e o Divino a luz e a escuridão. Trazemos muitas experiências em nossa bagagem de espíritos
imortais, mas devemos refletir sobre o quanto necessitamos estudar e praticar a Doutrina. Em outras
palavras, as nossas experiências, com raras exceções, são do mundo”. O amor ao belo, ao Divino, a busca
do reino dos céus é motivo recente em nossa trajetória espiritual através das reencarnações. Então, como
será a arte que fazemos? Impregnada das coisas do mundo físico e inferior ou das coisas de Deus? Por isso,
só temos uma forma de conduzirmos nossas atividades: estudar a Doutrina e seus apontamentos, livros,
pareceres e citações sobre a Arte e sua importância e impregnar, transbordar, a Arte de Doutrina Espírita.
Eis a nossa tarefa, e esse é o sentido maior que desejo difundir, por onde Deus permitir que estas palavras
cheguem.
É nossa ocupação que a Doutrina esteja em essência em cada parágrafo, e que cada palavra aqui
transcrita sirva de estímulo, à pesquisa desta consoladora Doutrina que irá encher de luzes a Arte que tanto
amo a arte que é o médium da beleza e que me faz sentir mais próximo do Criador.

Que é arte?
“A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais
profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse, “mais além” que polariza as esperanças da
alma. O artista verdadeiro é sempre o “médium” das belezas eternas, e o seu trabalho, em todos os tempos
foi tanger as cordas mais vibráteis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o infinito e abrindo, em
todos os caminhos, a ânsia dos corações para Deus, nas suas manifestações supremas da beleza, de
sabedoria, de paz e de amor”.
Emmanuel / O Consolador, perg. 161.

(...) A arte é uma permanente mensagem do Céu para a Terra, e todos aqueles que a entendem em
nosso mundo através da música, da cor e do verbo, são missionários da Vida Superior. (...).
Emmanuel.

(...) A arte deve ser o Belo criando o Bom. (...).

(...) O trabalho artístico que trai a natureza nega a si próprio. (...).

(...) A arte enobrecida estende o poder do amor. (...).
André Luiz / Conduta Espírita.

(...) A beleza é um dos atributos divinos.

A arte é a busca, o estudo, a manifestação dessa beleza eterna, da qual aqui na Terra não percebemos
senão um reflexo. O espiritismo vem abrir para a arte novas perspectivas, horizontes sem limites.
A comunicação que ele estabelece entre os mundos visível e invisível, as informações fornecidas
sobre as condições de vida no Além, a revolução que ele nos traz das leis superiores de harmonia e beleza
que regem o universo, vem oferecer a nossos pensadores, a nossos artistas, inesgotáveis temas de inspiração.
Quando refletimos a respeito de tudo que o espiritismo traz à humanidade, quando meditamos no
tesouro de consolação e esperança, na mina inesgotável de arte e beleza que ele vem nos oferecer, sentimonos
cheios de piedade pelos homens ignorantes e pérfidos cujas malévolas críticas não tem outra finalidade
senão tirar o crédito, ridicularizar e até mesmo sufocar a idéia nascente cujos benefícios já são tão sensíveis.
Evidentemente essa idéia, em sua aplicação, necessita de exame, de um controle rigoroso, mas a
beleza que dela se desprende revela-se deslumbrante a todo pesquisador imparcial, a todo observador atento.

O materialismo com sua insensibilidade havia esterilizado a arte. Esta arrastava-se na estreiteza do
realismo sem poder elevar-se ao máximo da beleza ideal. O espiritismo vem dar-lhe novo curso, um
impulso mais vivo em direção às alturas, onde ela encontra a fonte fecunda das inspirações e a sublimidade
do gênio.

O objetivo essencial da arte, já dissemos, é a busca e a realização da beleza; é, ao mesmo tempo, a
busca de Deus, uma vez que Deus é a fonte primeira e a realização perfeita da beleza física e moral. Quanto
mais a inteligência se purifica, se aperfeiçoa e se eleva, mais se impregna da idéia do belo.
A alma prepara-se primeiramente através das tarefas humildes, obscuras, apagadas; em seguida,
pouco a pouco, em novas etapas, o espírito adquire a dignidade de artista, e tornar-se-á capaz de realizar a
lei suprema da beleza ideal. (...).
Léon Denis / O Espiritismo na Arte.

“A tarefa da Arte é simplesmente desenvolver no homem o desejo de compreender e sentir o belo. A
beleza e o bem estão inteiramente ligados. Deus é infinitamente bom e um ser que é assim só pode trazer em
si a mais pura e profunda beleza. A Arte nos sensibiliza nos emociona, nos eleva, suaviza nossas dores e nos
permite criar, ou melhor, co-criar. Deus nos permite isto, co-criar através da Arte para melhor compreendêlo,
melhor assimilá-lo, melhor sentí-lo”.

“Através dos tempos, mesmo no início das civilizações em nosso planeta, o homem instintivamente
buscou registrar sua história, e a Arte teve provavelmente aí seu ponto de partida entre nós, basta
apreciarmos nos sítios arqueológicos as pinturas rupestres. Na idéia gravada no inconsciente ou
subconsciente de que existia um Deus para ser adorado o homem se pintou, cantou e dançou, e desde então,
desde os tempos primitivos a Arte esteve e está presente em nosso cotidiano. Da civilização mais culta até a
mais simples e ignorante, encontraremos Movimentos Artísticos traduzindo para os homens o belo e o
Divino, basta-nos nos deixar envolver pela Arte sublime e teremos a chance de sentir Deus e sua beleza
eterna se manifestará em nós”.

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